Irmãos Parellada e o caminho da Patagônia

Registro de nossa viagem para amigos, parentes, nós mesmos e quem mais julgar útil ou interessante. =P

domingo, 28 de dezembro de 2008

Lar, doce lar

Olá camaradas!

Depois de uma jornada de 85 horas de viagem entre ônibus e esperas em rodoviárias, estamos de volta. Agradecemos de coração por todos que acompanharam nossa aventura! Ficamos muito felizes pelo resultado que tivemos com o blog, no total foram:

732 visitas
394 visitantes únicos
338 visitantes reincidentes

488 visitas de países de língua portuguesa
124 "" inglesa
59 "" espanhola
26 "" japonesa
além de visitantes de diversas regiões do mundo

Nos próximos dias tentaremos fazer uma compilação de informações úteis a pessoas que estejam planejando uma viagem parecida, para que não precisem ler todos os relatos. Pela quantidade de visitantes de países de língua inglesa, talvez role uma tradução também, veremos. =P

Então é isso aí, até a próxima aventura,
Adiós muchachos!

terça-feira, 23 de dezembro de 2008

Puerto Natales (Chile) e Pq. Nacional Torres del Paine


Cansaaado...


Leo numa pose...estranha auhauh








Ponte do rio que cai

Hola pessoal!

Estamos aqui em Puerto Natales, Chile, cidade que basicamente serve de ponto de partida para quem faz treking no Parque Nacional Torres del Paine. Ficamos uns dias sem postar nada no blog porque nao tinha como acessar a internet e nem telefone por la. Alias, mae, um felicissimo aniversario, atrasado, mas de coracao!!! Para voces, meus caros amigos, parentes e demais visitantes do blog, um Feliz Natal!

Por mais estranho que possa parecer, nos nao vamos passar o Natal em Puerto Natales uhahua. Vamos passar o Natal dentro de um onibus, cerca de 80 horas de viagem ate nosso lar, doce lar, na pequenina mas badalada (nas ferias) Assis. Pretendiamos mochilar por cerca de 40 dias, mas varias coisas nos pegaram de surpresa, dentre elas: 1- A crise financeira alterou o valor do nosso querido real, na roleta russa dos mercados, compramos dolar nas piores horas e perdemos dinheiro; 2- O custo com alimentacao superou muito nossas expectativas; 3- A inflacao na Argentina anda meio braba e nosso guia possuia valores desatualizados.

No fim das contas teremos mochilado por cerca de 25 - 30 dias. Vimos e fizemos coisas muito interessantes e estamos felizes e satisfeitos. It's time to go home.


Circuito em forma de W

Agora quanto ao Parque. Nosso objetivo era tracar o circuito em forma de W. Infelizmente o tempo nao cooperou nada. Tivemos 1 dia chovendo, 1 dia nublado, 1 parcialmente ensolarado e outro chovendo e ventando muito. Como a barraquinha da tia Ines (que agradecemos muito pelo emprestimo) nao aguentava muito vento e inundava com a chuva, so a usamos uma vez. Todos os outro dias tivemos que alugar barraca e pagar pelo camping. Teve a entrada do parque e ainda tem que pagar transferencia da portaria ate os acampamentos do comeco e fim do circuito (que nos nao previmos). Alem do mais, o tempo nao vai melhorar tao cedo por estas bandas. Por tudo isso, tivemos que desistir de fazer a ultima parte do W, fizemos um V mais uma perninha so.


Trekking e seus pes

O primeiro dia (Acampamento Pehoe) chegamos bem de noite, debaixo de chuva, alugamos uma barraca depois da tentativa frustrada de usar a nossa e depois de comer um macarrao estilo cup noodles fomos dormir.


Trekking e suas maos

No dia seguinte, deixamos as nossas coisas na barraca e andamos 11km ate o mirante do glaciar Grey. E bem bonito, no caminho da para ver uns icebergs boiando no lago. Mais 11km da volta. Primeiro dia: 22km de caminhada.


Glaciar Grey


Icebergs + fome

O segundo dia foi muito cansativo. Andamos ate o proximo acampamento (Acampamento Italiano), com nossa mochila pesaderrima e deixamos nossas coisas por la. Subimos o vale do Frances ate um mirador que fica em meio a varias montanhas todas nevadas. Vimos algumas mini-avalanches no meio da trilha. O som parece o de um trovao. Muito bonito. Voltamos ate o acampamento e pegamos nossas coisas para seguir ate o Acampamento Los Cuernos. Distancia percorrida: 28 km, metade com mochila nas costas.



O terceiro dia foi o bendito que fez sol! O trajeto de 11km, sem paradas, com mochila nas costas foi arduo mas muito bonito. Parecia cenario do filme do Senhor dos Aneis eheh.

Enfim, o ultimo dia choveu e tivemos de desistir da ultima perninha do W. Perdemos a foto mais tradicional dos visitantes do parque, mas enfim a aventura valeu a pena. Passamos os dias almocando barrinha de cereal e jantando sopa em po, motivo pelo qual eu perdi mais um numero de calca. Eu to voltando um pouquinho mais magro. =P


Subidas, descidas, camela Lipao...

Bom, ja escrevi demais, um grande abraco a todos voces visitantes!

¡Hasta la vista!

quinta-feira, 18 de dezembro de 2008

Puerto Natales, aqui vamos nós!

Nota rápida (e sem foto) uhaha:

Estamos deixando hoje a cidade de El Calafate na Argentina e seguindo para Puerto Natales, Chile. Vamos fazer trekking no mundialmente famoso Parque Nacional Torres del Paine.

Pode ficar tranquila mae, vamos ser mais cuidadosos dessa vez. Aprendemos a licao do modo mais eficiente, na base do trauma.

Meu amigo Fernando perguntou quais sao minhas conclusoes sobre a aventura. Em breves palavras seria algo como: (1)sim, Deus gosta de mim e eu mais ainda dele; (2) eu nao sou o super-homem como bem lembrou o Guilherme nos comentários; (3) sempre devo escutar a voz dentro da minha cabeca que me lembra da vó Cecília. auhahu

E Joao, sim, eu rezei, de verdade.

PS: Gualter, vai se fuder. auhhua

quarta-feira, 17 de dezembro de 2008

Algumas fotos de El Calafate

Fala pessoal! Depois do acontecido narrado pelo Lipao só o que tenho a dizer é que hj foi um dos dias que eu mais curti as paisagens. uaehuahehuueuhaa. Meeeeeeedo!

Hoje fomos até o mundialmente famoso Glaciar Perito Moreno. Fomos através da empresa de transporte Patagonia Ya que nos cobrou 80 pesos pela passagem de ida e volta. As empresas turística cobram 160 pesos, por sorte, que a experiência nos ensinou a procurar os quiosques de informacao da prefeitura, que sempre te mostram as melhores alternativas para realizar os passeios. Atencao amigos, sempre busquem informacoes nos quiosques municipais, as empresas turística nunca sao a melhor alternativa, mas, infelizmente, as vezes sao a única.
Lá no Glaciar se paga mais 40 pesos para adentrar e poder ver as paredes gigantescas de gelo. Logo que chegamos fizemos um passeio de barco que chega bem pertinho do paredao. O legal é esperar para que algum dos enormes blocos de gelo se desprendam e caiam no lago fazendo um barulho parecido com um trovao. Por sorte vimos alguns desprendimentos, mas nada muuuuito grande. O passeio nos custou mais 50 pesos para cada. Aconselho àqueles que forem realizar o passeio a levar roupa de frio(sensacao térmica de 0 graus pra menos).Preferencialmente algo impermeável.


Galera que foi com a gente pra Perito Moreno. Pessoal simpatisíssimo.


Lipao à beira de uma pedra durante a subida do Cerro Calafate.


Eu e um dos cachorros que subiram conosco.



Tentando chegar ao Lago Argentino pra dar um tchibum!


Foto que dá uma nocao da magnitude do Glaciar Perito Moreno. Frio pra cacete.


Foto tirada do barco que nos levou bem pertinho do Glaciar.


""(2)

É isso aí. Pessoal adoramos ler os comentários de voces. Entramos sempre buscando novidades. Por favor comentem sobre as coisas que tem acontecido aí no Brasil ou até mesmo deixe só um alo pra gente saber que voces passaram por aqui.
Um grande abraco.

Hiking e nossa quase morte (sério)

Caros amigos, a história que segue, por mais exagerada que possa parecer, nao tem nada de inventado nem aumentado. Quem me conhece sabe que eu nao minto.

Chega de histórinhas bonitinhas, enfim uma história em que a gente se ferra, e legal.

Cerro Calafate à distância

Estávamos aqui em El Calafate e nao havia mais tempo para ir ao Parque Nacional Los Glaciares que é praticamente o propósito da cidade. Abrimos nosso guia, companheiro de viagem, o Lonely Planet versao Argentina, e lemos o que mais se poderia fazer por aqui. Descobrimos que havia um hiking num monte próximo à cidade chamado Cerro Calafate. Como nao sabíamos a diferença de trekking e hiking fomos até o local, um tanto afastado da cidade, dispostos a fazer uma trilha interessante.

No que chegamos lá e vimos o imponente monte, tem cerca de 900 metros de altura se nao me engano, percebemos que a aventura seria um pouco mais complicada, mas enfim, já estávamos por lá... Logo antes de subir encontramos dois cachorros que insistiram em seguir-nos. Quando começar a ficar difícil de subir eles voltam, pensamos.

Tá ficando meio alto, né nao?

Procurando o melhor local para iniciar a escalada, atravessamos o riacho que margeia a montanha e seguimos andando. Quando finalmente achamos um lugar próprio para iniciar a subida começamos a aventura. Subimos um bom tanto e as coisas já apareciam pequeninas e distantes. Mas o topo, atrás de um grande paredao de pedra, estava próximo e precisávamos continuar. Continuamos. O topo esteve próximo mais algumas vezes e sempre que escalávamos os cada vez mais íngremes paredoes ele figurava logo ali, mais um barranquinho acima. Enquanto subíamos, eu ia me lembrando de quando era criança, no sítio da minha vó, e como ela provavelmente diria que o que estávamos fazendo seria perigoso.

Depois de andar muito, com as pernas todas doloridas, a paisagem cada vez mais distante e os cachorros sempre em nosso encalço (nao eles nao desistiram no caminho), decidimos que era hora de parar. Já havíamos andado por 2 horas num ritmo frenético, e dali a 3 horas estaria de noite. Descer montanhas a noite nao é nenhum um pouco recomendável.

Enfim, bebemos um pouco mais de água, apreciamos a vista, tiramos fotos e finalmente começamos a descida. Nota importante para você que, como nós, nao tem experiência nenhuma em hiking. Subir pode nao ser tao complicado, mas descer...é F O D A.

No começo foi fácil, na descida todo santo ajuda, nao é verdade? É verdade, até que chegamos ao primeiro paredao. O caminho era todo muito parecido e sem perceber fizemos uma rota diferente na descida. O paredao era apavorantemente íngreme. Para nós era "passável", mas um dos cachorros precisou de nossa ajuda para descer. Todo mundo à salvo, menos mal.

Continuamos a descida e nos deparamos com outros paredoes, um mais complicado que o outro, conseguimos descer com um esforço absurdo enquanto os cachorros faziam a volta por outro caminho que só servia para eles. A coisa era que, a cada paredao que descíamos, percebíamos que seria impossível retornar caso a rota estivesse errada, era simplesmente íngreme demais. Foi entao que o ápice da aventura se deu.

Pulamos mais um paredao e chegamos num ponto muuuuito crítico. Simplesmente nao havia caminho que servisse para descer. Estávamos presos, muito alto na montanha, escurecendo, sem telefone e sem ninguém que soubesse que estávamos por lá. FUDEU.

Vista durante a escalada

Nos enfiamos numa fenda praticamente vertical. Era bastante alta, como que uns 12 metros ou mais, penso eu. O Léo estava na frente nesta parte do percurso e eu nao podia enxergá-lo. Ele me disse que era bastante alto mas que nao havia outro caminho e ia tentar escorregar pela fenda e pular. De repente eu escuto um grito e um gemido. Senti uma das piores sensaçoes da minha vida, pensei que meu irmao tivesse se machucado muito gravemente.

- Léooo! - gritei.
- Tô bem. - me respondeu.

Monte que ficava na metade da escalada

Aliviado, comecei a descer o que restava do caminho e finalmente vi de onde teria que pular. Pânico, total e absoluto. Nao cabia na minha cabeça como meu irmao tinha alcançado o chao inteiro. De verdade, era alto pra caramba. Mas enfim, cheguei em um ponto em que nao havia como subir mais. Estava preso entre as pedras da fenda. Meu irmao cogitou em buscar ajuda, mas escureceria muito em breve e eu nao aguentaria muito mais tempo. Tentei de todos os modos ganhar mais terreno deslizando pela pedra, nao havia como. Comecei a tentar dominar o pânico e tentar pensar racionalmente. Se meu irmao havia pulado, entao, na pior das hipóteses eu ficaria todo quebrado, mas morto nao. Ainda assim havia a possibilidade de rolar morro abaixo porque a terra era muito inclinada na base do paredao.

Sem mais alternativas, rezei, com toda a fé com a qual se pode rezar. Desisti de pensar e pulei. Foi tudo muito rápido. A queda foi boa e quando cheguei ao chao comecei a rolar, e nao fosse meu irmao que pulou e me puxou pelo braço (igualzinho filme americano, juro), teria rolado sabe-se lá quantos metros.

Tá tudo pequeniniinho

Estávamos os dois vivos e inteiros (fora uma porçao de arranhoes que sentimos até agora), mas os cachorros nao podiam descer. Continuamos a jornada muito tristes, com um remorso absurdo, ouvindo o choro dos cachorros e vendo as pedrinhas rolarem barranco abaixo enquanto eles indecisos pateavam logo acima. Mas de verdade, nao havia o que fazer. Superamos mais obstáculos, sempre muito íngremes quando, finalmente. Vimos os cachorros correndo em nossa direçao. Foi uma alegria que nao tem palavras que descrevam. Abraçamos os cachorros e respiramos aliviados.

Uma boa caminhada depois estávamos lá embaixo, finalmente. Andamos mais uma belíssima distância até a cidade, minhas calças jeans rasgadas, mas aliviados.

Dessa vez quase morremos amigos, sem exageros. Mas quase é quase, certo?

Sigamos!

terça-feira, 16 de dezembro de 2008

Fotos de Bariloche, chegada El Calafate

Olá amiguinhos! Uhauha to com saudades de voces, algumas novidades pelo que estou lendo nos comentários do blog. Pai, seus comentários têm sido muito bonitos, obrigado!
Vista do topo do Cerro Campanário

Estamos aqui em El Calafate, cidade base para a exploracao do famoso glaciar Perito Moreno. Como disse meu irmao, está frio e estamos dormindo “muitíssimo” confortáveis num camping. Sério, minhas costas estao um pouco ressentidas ehhe. Mas o lugar é pertinho do centro da cidade, que é bem bonitinha e bem cara também.
Vista do topo do Cerro Campanário (2)

O caminho até aqui foi de mais de 30 horas num ônibus meia boca. Dica para a galera que queira mochilar: Procure sempre por restaurantes perto do qual o seu ônibus parar e veja aonde os locais comem, o que você está parado é para turista 90% das vezes. Paramos num local que cobrava 30 pesos numa pizza que eu faco igualzinha. Vimos o motorista e os outros funcionários da empresa dividindo o produto da facada enquanto comíamos…
"" (3)

Com relacao ao povo israelense, uma ressalva. Conhecemos um casal muito bacana durante a viagem, gente finíssima e aprendemos coisas interessantes sobre a cultura do seu país. Uma coisa interessante é que eles assistem às novelas brasileiras por lá também, inclusive nosso país tem uma excelente imagem em Israel.
Léo e seus pés no Cerro Campanário

Coloco agora algumas últimas fotos de Bariloche. Infelizmente nao deu para fazer tudo que tem de legal por lá porque os ônibus para El Calafate nao saem todos os dias e ficaríamos presos até quarta-feira caso perdessemos esse busao. Entao nao rolou rafting…ainda(?).

Hermanos companheiros de quarto do albergue e funcionária
Uma dica para quem for à Bariloche. Facam um trekking noturno no Cerro Campanário durante a lua cheia. É muito bonito!
Anoitecer no Campanário, muito bacana

Hasta luego amigos!

El Calafate

Pessoal, depois de 31 longas horas de viagem estamos bem perto da ponta sul do nosso continente. Estamos acampando, e devido ao elevadíssimo preco das coisas (10 pesos a hora da lan house) terei que ser breve nesse post. Bom, chegamos ontem por volta das 9hrs, um friozinho de uns 10 graus, e fomos a pé até o local de camping para economizarmos uma graninha. O lugar é bem razoável e o preco é 12 pesos por pessoa. O camping se chama El Ovejero.
Hoje acordamos e pretendíamos postar algumas fotos de Barriloche por aqui, mas desistimos por causa do preco da lan house.
Em breve arranjaremos algo mais barato e colocaremos fotos de Bariloche e de El calafate.

Um grande abraco pessoal.

sexta-feira, 12 de dezembro de 2008

Minha visao de Bariloche.

Antes de mais nada, feliz aniversário Zeza e Haddad!
Tentei falar com voces, mas nao os encontrei. Um grande abraco pra voces!

Meus queridos amigos, minha querida familia e minha amada (saudades demais gatinha).
Gostaria de compartilhar com voces as minhas fotos favoritas de Bariloche.


Minha cama luxuosa king size no albergue.


Uma vista interessante do Lago Gutierrez.


Tomando uma cervejinha à beira do Lago Gutierrez (depois da caminhada).


Lago que fica em frente ao famoso hotel Llao llao.


Uma playa, que nao lembro o nome, que nos fez andar uns 14km. Valeu a pena.


Bom, é isso ai. Hasta lluego amigos!

Bariloche

Antes que me crucifiquem, lembro que o teclado aqui é diferente e portanto fica complicado de escrever o mais correto portugues. =P

Depois de uma pequena viagem de 22 horas e meia, debaixo de uma chuva fortíssima, com direito a uma saborosa janta e café da manha (chique né?), chegamos a Bariloche. O tempo estava meio feio quando saímos de Buenos Aires e a janela do nosso onibus tinha goteiras comparáveis as cataratas do Iguacu. Nossas mochilas, repletas de coisas, ficaram ensopadas já que nao havia bagageiro na parte de baixo do onibus e estavamos dormindo quando o aguaceiro comecou.

Cerro Otto e os clássicos Sao Bernardo

Finalmente pegamos um taxi até o camping aonde deveríamos acampar. O problema: o preco que nosso querido guia da Lonely Planet trazia estava errado. Nao eram AR$ 27 por barraca, mas sim por pessoa. “Nahhhh!”, pensamos, e fomos procurar algum albergue que ainda tivesse vagas.

Linda vista do topo da trilha do lago Gutierrez

Encontramos um bem no centro da cidade chamado Backpackers Hostel, algo assim. É muito bem localizado, o pessoal da recepcao é bem prestativo e nossos companheiros de quarto, 2 argentinos que estao aqui a trabalho, sao muito bacanas. Por outro lado a seguranca deixa um pouco a desejar ja que nao há lockers e as chaves ficam na recepcao, praticamente a disposicao de qualquer um.

Bariloche e suas dezenas de caes (até no topo da trilha!)

Por aqui, e especialmente em nosso albergue, há muitos, mas muuuuuitos israelenses. Da língua deles nao se entende nada, por mais que tentemos hehe. Se bem que, vao me desculpar, mas nao sei o que eles fazem por aqui. Sao muito fechados e nao fazem o menor esforco para hablar el español e nem sequer para conhecer outras pessoas nos albergues. Ainda por cima nao tem muita educacao, batem portas, gritam e cantam até altas horas (somente com os amigos do fechadíssimo grupinho é claro), tomam o computador comum do albergue (que deveria ser de uso máximo de 15 a 30 min) por horas pra mexer no “facebook” entre outras coisas. Gente escrota, aposto que enchem a boca pra falar mal de nós latinos, anyway...

Cascada de los Duendes, trilha que parte do Lago Gutierrez

Falando agora sobre os pontos positivos, Bariloche é uma cidade muito bonita, o povo daqui é muito simpático e o clima é gostoso. Ainda nao experimentamos mas tem chocolaterias que nao acabam mais. Fizemos duas caminhadas, uma até uma cachoeira e outra até uma prainha. Subimos de teleférico até o topo do Cerro Otto e tomamos um chocolate quente na confeitaria giratória com vista panoramica. Tudo muito bonito.

Catedral de Bariloche

Amanha devemos fazer algo mais emocionante, estamos buscando uma agencia para fazer rafting! Novidades em breve!

Amigos em Buenos Aires

Fala pessoal!

Bom, primeiramente gostaria de agradecer ao Henrique, ao Joao Bosco e a Maitê por terem nos encontrado em Buenos Aires. Putz, foi muuuuuito bom rever amigos e poder falar um pouco de portugues. Fomos conhecer o Congresso Nacional da Argentina que e maravilhoso, apesar de ficar em um local deprimente, e depois fomos caminhar pela Calle Florida, um calcadao cheio de coisas interessantes para se comprar. Entramos em um shopping famoso aqui de BA, a Galerias Pacifico, aonde tomamos um sorvete da Freddo.


Sorveteria Freddo.

Para finalizar a tarde fomos caminhar em puerto madero que e um lugar bem legalzinho, com vistas bonitas do antigo porto de BA.


Em puerto madero com os amigos(Joao Bosco, foi mal mas nao tinha nenhuma contigo, acho que ficaram na sua máquina.)

Por fim, a noite fomos ao famoso Cafe Tortoni, um lugar muito tradicional, leia-se caro, de Buenos Aires. Apesar de ser caro e de ter um funcionários muito mal educados, fomos em bastante gente e a noite foi bem divertido. Junto com o pessoal que eu ja citei, tambem haviam 3 franceses e 1 canadense os quais haviamos conhecido no albergue. Infelizmente nao tenho fotos do Cafe Tortoni, pois, infelizmente, me esqueci de levar a máquina fotográfica.

É isso ai amigos!

terça-feira, 9 de dezembro de 2008

¡Hola muchachos!

Fizemos o check-out do albergue há cerca de 1 hora atrás e agora, finalmente, temos algum tempo livre para postar alguma coisa. Desculpem o português precário que estarei usando mas é que minha cabeça está realmente confusa no momento. No albergue só se fala inglês quase, nas ruas espanhol, com meu irmao o português, estou falando algo como PORTU-SPANGLISH no fim das contas.

Cementerio de la Recoleta

Bom, primeiro vamos falar sobre impressoes gerais sobre a Argentina. A primeira coisa que realmente me surpreendeu foi o fato de que, pelo menos aqui em Buenos Aires, nós hermanitos brasileños somos muito bem recebidos. Aquela coisa da rivalidade Brasil x Argentina me parece atualmente muito mais forte em nosso país do que aqui. Os cidadaos porteños sao muito prestativos e nos ajudaram em varias situaçoes, antes mesmo que perguntássemos algo. O clima da cidade é bem legal, há gente nas ruas o tempo todo, gente cantando, indo e vindo de todas as direçoes ou apenas batendo um papo na calçada.


A vida noturna por aqui é um pouco diferente. Nao há porteño que vá para a balada antes da 1 e meia ou 2 horas da manha, isso quando se quer chegar cedo. Há boliches (boates) com todo tipo de música, mas na que fomos tocava bastante reggaeton e aquelas clássicas músicas gringas. O ambiente é bem parecido com o das festas brasileiras, nao muda muito nao. Ahhh e tava rolando um remix de Netinho em espanhol (ôoo Miiiilaaa mil y una noches de amor...) uhauha muito engraçado.


O lado negativo é que a cidade infelizmente está mal cuidada. Há lixo em todo canto, prédios e monumentos lindos todos pichados e as calçadas todas esburacadas. Tudo parece um pouco abandonado. Há um sério problema com a falta de moedas também. Os ônibus (que aliás custam uma pechincha) precisam de moedas, assim como o metrô e outras coisas mas o negócio é que ninguém tem moedas, e quem tem nao quer gastar à toa. É o velho fantasma da inflaçao somado a um problema de planejamento do sistema financeiro. Num país em que o dinheiro nao vale muito, moedas valem ouro, quem iria imaginar eheh.

Túmulo da Evita Perón.

Há muito mais coisas que valeriam a pena ser escritas sobre Buenos Aires mas creio que no fim das contas, por mais que se explique, algumas coisas somente se entendem quando sao vividas. Por isso, para nao cansar vocês meus amigos visitantes, despido-me por aqui.

¡Hasta luego amigos!

segunda-feira, 8 de dezembro de 2008

Buenos Aires

Atualizado para postar as fotos (clique para aumentar!):


Floralis Genérica


Algum monumento (nao me lembro mais qual hehe)


El Caminito

Tango!

Plaza de Mayo

Quilmes!

Casa Rosada

Nosso primeiro dia em Buenos Aires foi um pouco caótico. Depois de uma viagem de quase 20 horas chegamos a uma rodoviária que perde pra muita cidade pequena em termos de limpeza, organizaçao, segurança e tudo o mais.
Logo que chegamos fomos comprar as passagens para Bariloche e descobrimos que nossos cartoes nao funcionavam. Eu tinha 30 pesos na carteira. Num país em que você nao fala a língua decentemente e nao tem nenhum amigo ou parente isso é meio desesperador...
Mas enfim, graças ao pessoal do albergue conseguimos resolver o problema. Aliás, escolhemos um ótimo albergue, o nome é Carlos Gardel Hostel. Os funcionários sao muito prestativos, é bem localizado, fizemos amizade com metade dos hóspedes em coisa de dois dias e os cômodos sao espaçosos. O único contra é que os quartos e banheiro sao compartilhados e mistos. Mas enfim, uma vez ligado o botao do foda-se ta tudo certo.
Nosso primeiro dia por aqui ja foi bem agitado. Visitamos o centro durante a tarde e saímos para dar um rolé com a galera que conhecemos no albergue à noite.
Em breve eu edito o post e coloco fotos, porque é difícil conseguir usar o pc daki por mais de 15 minutos consecutivos hehe.

Hasta luego amigos.